sábado, 18 de setembro de 2010

Como tudo começou

Projeto
Teatro: Transversalidade, Educação.
Como tudo começou
A idéia de desenvolver o teatro surgiu por acaso, logo no primeiro ano em que comecei a trabalhar na escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Rosa Athayde, que fica no município de Augusto Corrêa(Pará).

Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Rosa Athayde
            Nessa escola, sempre no início do ano letivo e de acordo com o Projeto Político Pedagógico, a direção reúne com os professores para a escolha do “Tema Gerador” que será trabalhado no decorrer do ano ou a cada bimestre.
            A partir desse tema, os professores de disciplinas variadas unem-se para montarem projetos de acordo com as turmas que irão trabalhar. Foi assim que meu projeto voltado para o teatro surgiu. Resolvi montá-lo com os alunos de 3ª e 4ª etapas da Educação de Jovens e Adultos para desenvolver no decorrer do ano 2000, que tivesse relação com o tema gerador e que fosse trabalhado de forma interdisciplinar. Como meus alunos eram muito tímidos e tinham muitos problemas com a produção textual além de muita dificuldade para explicar trabalhos de forma satisfatória por vergonha ou por não saberem como se comportar, decidi que queria ajudá-los a vencer essa timidez.
           Quanto a isso resolvi desenvolver um projeto que os ajudasse a desenvolver autoconfiança e vencer certos medos, conseguir que melhorassem seu desempenho na leitura, escrita e principalmente que aprendessem a explorar os textos a partir da contextualização, o que sempre fora muito difícil para eles. Sendo eu, naquele ano, somente professora de Português, minha maior preocupação a partir da execução do projeto era ajudá-los, mas, de imediato não tive uma idéia que abraçasse todos os meus objetivos.
            Na região em que vivo somente de vez em quando aparece um grupo de teatro. Porém, um dia em que eu estava participando de um Intermunicipal para escritores no Instituto de Artes do Pará, vi no meio do pátio um grupo representando a pantomima, que naquele momento eu não sabia precisamente o que era. Lembro que fiquei completamente encantada olhando aquela apresentação, e foi como se eu tivesse presenciando algo que pertencia ao meu mundo. Naquele momento tive consciência de que eu sabia fazer aquilo ali e muito mais. Eu sabia como fazer e como ajudar os meus alunos. Foi a partir de então que as peças começaram a surgir na minha cabeça e não pararam mais.  Apesar das idéias que me apareciam com muita facilidade era muito importante ouvir também as idéias dos alunos e isso se tornou um aprendizado de ambas às partes.
Os alunos que não se identificaram como atores ficaram com outras funções, como: sonoplastia, figurino, cenário, pinturas, além de que alguns pediram para se vestirem de palhaços para recepcionarem as crianças, já que a peça era voltada para o público infantil e no dia programado para as apresentações que seria como todos os anos, na Feira de Ciência, juntamente com outros trabalhos, batemos o recorde de público, coisa que não imaginávamos que iria acontecer.
Todo ano esperamos a reunião dos professores para a escolha do tema gerador para podermos pensar nas idéias a serem trabalhadas. A partir daí inicio o projeto abrindo oportunidades para todos os alunos que quiserem concorrer a uma vaga, cientes de suas responsabilidades com o grupo, os ensaios, as discussões sobre os textos e compreensão dos mesmos, a criação dos personagens e principalmente a disciplina. 
            Todos os objetivos que almejei foram alcançados, e dessa experiência, todos os anos tenho histórias maravilhosas para contar, de esforço, dedicação e, principalmente, confiança. Dois atores que fizeram parte de um dos grupos que formei foram premiados no primeiro festival que aconteceu no município de Augusto Corrêa (melhor ator e melhor ator codjuvante). Hoje, boa parte deles tem postura e linguagem de profissional, que lutam para adquirir mais conhecimentos na arte da dramatização e para isso já fizeram vários cursos de aperfeiçoamento. Três deles trabalham como professores de teatro e outros adquiriram o amor pela arte.

Igor e Reginaldo (Os atores premiados)

           E saber que esse amor pela arte eles transmitirão para os seus filhos fará com que meus ensinamentos se tornem eternos e isso é a poesia que me encanta. Sou fascinada pelo que faço. Educar. E o mundo da fantasia faz parte dessa educação porque faz com que tenhamos coragem de tentar tornar nossos sonhos reais e no palco eles se tornam gigantes diante dos aplausos do público.

           E é por essa felicidade transmitida pela arte do teatro que algumas vezes cheguei a transformar também a aula de Português em peças para facilitar o aprendizado.
          Nesta foto sou eu vestida de palhaço. Essa é a foto da minha alma. Como professora me sinto como uma criança. Esse sentimento me faz descontrair para espantar a mesmice sem sentir nenhuma vergonha porque eu sou assim. Faz parte do meu “EU” e espero que ele permaneça dessa forma para que eu continue sentindo imensa satisfação com o que adoro fazer que, é ser professora.
            Com o teatro percebi que o professor tem a possibilidade de penetrar na realidade dos alunos e aos poucos descobrir seus anseios, preocupações, tristezas e problemas em geral. Possibilita que o professor aproxime-se dos alunos a ponto de torná-los amigos verdadeiros, de palco, de sorrisos, de aplausos, de platéias pequenas e grandes. Permite que dividam lágrimas de alegrias e de tristezas, permite que sintam juntos, emoções e que reconheçam nessas emoções a prova da competência de ambos. 
            O teatro permite que o professor se humanize quanto a sua profissão e com isso faz com que ambos descubram-se como seres que precisam ainda saber muito de si, que descubram a vida como uma caixinha de surpresas e que a educação, a valorização, a persistência e principalmente o respeito e a dedicação, sejam os principais fatores para o desenvolvimento de um bom projeto, deixando que cada aluno possa se expressar, contribuir com suas idéias, pois, cada aluno tem seu ponto de vista, é outro ser, no seu mundo particular.

PEÇAS APRESENTADAS
           Como o grupo nunca teve condições financeiras de divulgar o trabalho; a forma divertida que encontramos para que a população ficasse sabendo o dia das apresentações foi saindo ao encontro do povo todos os anos pelas ruas da cidade arrumados para sermos vistos e despertar a curiosidade.
UM CONTO DE FADAS DIFERENTE
           
          






SEM PRECONCEITO
Primeira competição entre grupos de teatro do Pará realizado em Augusto Corrêa. Foi nessa competição que ganhamos o Troféu "Melhor Ator", "Melhor Ator Coadjuvante" e recebemos muitos elogios do texto apresentado que fora escrito por mim.








A DROGA É UMA DROGA



UM CASAMENTO DA ROÇA
BRINCAMDO COM A IMAGINAÇÃO
NO ANO 2008 O GRUPO VENCEU PELA 1ª VEZ A FEIRA PEDAGÓGICA DA ESCOLA ROSA ATRAYDE E A FEIRA MUNICIPAL COM AS PEÇAS:
O GRUPO

O CASAMENTO DA DONA BARATINHA







JOÃO E MARIA




O CASAMENTO DO RATINHO





Por falta de espaço adequado tivemos que adaptar o mesmo cenário para todas as peças desse ano.
Maquiagem feita pelo próprio grupo



MOTIVAÇÃO

FORÇA DE GRUPO


A felicidade por dar vida à arte.Início do passeio dentro da escola


Brincadeiras para chamar a atenção das crianças
Passeando pelas ruas da cidade


Uma procissão de alegria 





Cantando cantiga de roda para fazer barulho e chamar atenção



Feira Municipal. Novo dia de apresentação
Preparaçãodo grupo



Essas experiências fizeram com que o grupo percebesse que precisava tornar-se unido para que o espetáculo tivesse harmonia e essa percepção os transformou numa grande família. O amadurecimento de um era vitória de todos e sempre que um conseguia superar uma dificuldade era aplaudido e parabenizado. O lado humano foi ganhando amadurecimento de acordo com as superações e o grupo se fortaleceu apesar de todas as dificuldades.    


           Desse projeto também resultou um livro de fábulas escritas pelos alunos de 8ª série. Projeto que tinha como objetivo capacitar os alunos na arte da criação da narrativa e torná-los aptos na escrita de forma geral. O resultado desse projeto pode ser visto aqui abaixo.



 

APRESENTAÇÃO


         O projeto “A Magia das Fábulas” foi desenvolvido no ano 2008 em duas turmas de 8ª série da Escola Rosa Athayde nas aulas de Língua Portuguesa.
Com a intenção de ajudar a turma a amadurecer a leitura, a escrita, compreensão e interpretação de textos, lembrei das fábulas, na imaginação, no encanto do maravilhoso, a moral que guiou a humanidade servindo de caminho e incentivo para novas criações, a magia do contar uma história que parece que está morrendo aos poucos...      
Sabemos que ao se trabalhar com a escrita muita coisa sobre a língua e sua formação, além do processo de composição textual deve ser explorado. O texto não pode simplesmente ser um pretexto para se trabalhar a gramática, ele tem que significar muito mais que regras, pois o aluno é um ser dinâmico que sabe analisar o mundo, tem perspectiva de vida e observa o outro e sua maneira de ser, de lidar com a realidade e com os outros seres.
Com o projeto os alunos conseguiram resultados significativos na produção textual. Conseguiram explorar sua criatividade e descobriram-se cada vez mais capazes principalmente na arte da dramatização. 
Essas descobertas tornaram-se cada vez melhores enquanto o trabalho avançava, despertando o brilho nos olhos e o ânimo cada vez mais crescente.
O trabalho mostra a beleza que eu já esperava e todos ganhamos o presente dessas páginas.
BOA LEITURA!

LEILA CRISTINA DO NASCIMENTO CASTRO

Orientadora do projeto


A COBRA E O SAPO
                                                                         Maria Marciane Borges Pereira

        Era uma vez uma cobra que morava na floresta e há muito tempo queria pegar o sapo. Um dia, ela estava passando à beira da lagoa e ao ver o sapo resolveu se aproximar.
- Bom dia, meu amigo! – disse a cobra com ar de boazinha.
- Desde quando uma cobra é amiga de um sapo? – perguntou o sapo desconfiado.
- Desde que você permita que eu prove que posso sim ser uma boa amiga!
O sapo ficou observando a cobra por alguns instantes e perguntou:
- E se por um acaso a senhora sentir vontade de me devorar?
A cobra então respondeu:
- Eu não teria de jeito nenhum coragem de ferir um grande amigo. Confie em mim. Dê-me uma oportunidade!
Olhando sério para a cobra, o sapo resolveu então dar-lhe a chance de provar que poderia ser uma boa amiga. Mas, o que ele não sabia, era que a dissimulada estava querendo devorá-lo.
Um belo dia, eles foram brincar na lagoa e a cobra pensou que aquele seria o dia em que ela iria saborear uma boa carne de sapo e começaram a brincar.
Quando o sapo pulou na água, a cobra pulou atrás e na brincadeira de pega-pega ele desconfiou que talvez pudesse ser uma armadilha e resolveu se prevenir. Correu para uma parte do rio onde havia muitas pedras e olhando para trás percebeu que a cobra já estava se preparando para dar o bote. Mergulhou com força e agilidade e escondeu-se atrás de uma das pedras.
A cobra que tinha ido com muita sede ao pote deu de cara na pedra e com a força do baque, perdeu todos os seus dentes.
Daquele dia em diante, o sapo nunca mais quis conversa com a falsa amiga que ficou sem os dentes e ninguém para brincar. 

MORAL DA HISTÓRIA: Quando não pensamos nos nossos atos, temos que aprender a conviver com as consequências dos nossos erros.

A FORMIGA E O TAMANDUÁ
                                                                            Rafaela Mescouto da Silva

        Era uma vez uma formiga que estava caminhando pela floresta e no seu caminho se deparou com o tamanduá deitado impedindo a passagem. Como ela não queria desviar porque achou um absurdo o tamanduá dormir justamente no caminho, resolveu fazer alguma coisa. Então parou e reclamou:
        - Ei seu tamanduá folgado, acorde! Aqui não é lugar para dormir!
        O tamanduá então respondeu:
        - Eu cheguei aqui primeiro! Por que você não passa pelo outro lado? Não está vendo que estou tentando descansar?
        Depois de dizer isso se virou e continuou dormindo. Nesse momento a formiga percebeu que o tamanduá ao se mexer para ficar mais confortável deixara o caminho livre para ela, mas, ao mesmo tempo que poderia seguir, corria o risco de ser esmagada. Vai que ele se mexesse e impedisse a passagem novamente! A formiga ficou com tanta raiva que resolveu tomar uma atitude. Subiu nas costas do tamanduá e começou a mordê-lo até ele acordar.
        Sentindo as mordidas da formiga, o tamanduá deu um pulo e começou a se coçar. Coçou tanto que não aguentando mais começou a correr pela floresta tentando fazer com que a formiga saísse de cima dele e gritou para ela:
        - Pare, pare! Eu libero o caminho para você passar!
        - Agora não precisa mais! Descobri um jeito de chegar muito mais rápido onde eu queria ir!
        E tacou o dente no tamanduá que saiu correndo levando a formiga nas costas.

MORAL DA HISTÓRIA: Nunca devemos subestimar a esperteza dos outros

O GAVIÃO E O RATO
                                                                        Ronaldo Fernandes de Aviz
        Era uma vez um gavião que estava com muita fome. Já fazia algum tempo que caçava, mas, naquele dia, não havia conseguido capturar nenhuma presa e resolveu pousar numa árvore para espionar e ver se aparecia algum animal que lhe servisse de refeição. De repente, avistou um rato andando pelo mato e mais que depressa voou para pegá-lo.
        Quando o rato percebeu que estava em perigo, correu desesperado imaginando que não iria escapar, pois o gavião estava bem atrás dele disposto a devorá-lo a qualquer custo. Foi aí que o rato teve uma idéia, correu na direção de um buraco e quando o gavião deu o bote, o rato entrou no buraco e o gavião sem conseguir desviar entrou atrás e ficou entalado.
        O rato saiu por outro buraco e foi até o gavião que desta vez estava indefeso com o rabo de fora e viu uma ótima oportunidade de vingar-se do malvado. Tirou-lhe a primeira pena do rabo e disse:
        - Vai parar de caçar ratos?
        Mesmo desesperado de dor o gavião gritou:
        - Nunca!
        O rato então tirou mais três penas, uma atrás da outra e voltou a perguntar:
        - Vai parar de caçar ratos?
        Sem aguentar mais a dor daquela tortura o gavião respondeu aos gritos:
- Está bem! Eu paro de caçar ratos! Mas, pare de arrancar as penas do meu rabo que dói muito e me tire daqui que estou sufocando!
        O rato então resolveu soltar o gavião e o puxou pelo rabo pegando nas penas que restaram, mas foi preciso puxar com muita força.
        O gavião saiu do buraco dando um enorme grito e fugiu desesperadamente quando viu que com o puxão que o rato deu para tirá-lo do buraco, havia arrancado o resto das penas do seu rabo e daquele dia em diante nunca mais voltou a caçar ratos.

MORAL DA HISTÓRIA: A precaução é uma virtude, pois o inimigo ataca quando menos esperamos.
O SAPO E A RÃ
                                                            Eliana do Nascimento Ferreira

         Era uma vez um sapo que vivia sozinho e muito cansado de tanto trabalhar. Um dia, ele resolveu sair para se divertir um pouco. Quando passou perto da lagoa viu duas rãs conversando e logo percebeu que uma delas era muito bonita, enquanto a outra não tinha os mesmos predicativos.
        Aproximou-se das duas rãs e puxou conversa, se apresentou, contou piadas e se entrosou rapidinho. As duas rãs estavam em busca de um bom partido, ficaram encantadas com aquele sapo tão simpático e ficaram imaginando qual delas o sapo estava interessado. Conversaram, conversaram até que o sapo disse que já estava na hora de ir embora, pois precisava trabalhar.
        A rã que sabia que era bonita já ficou esperando o sapo convidá-la para sair novamente para conversarem, pois já estava acostumada com as cantadas dos sapos que andavam por aquela lagoa. Mas, para a sua surpresa, quando o sapo se preparava para ir embora se virou para a rã que não era tão bonita e disse:
        - Você não gostaria de me acompanhar para conversarmos um pouco e quem sabe marcar um encontro?
        A rã bonita ouvindo aquelas palavras ficou de boca aberta olhando os dois se afastarem e aproximando-se de uma velha rã que frequentava a lagoa disse indignada:
- É idiota mesmo esse sapo! Deixa de sair com uma rã como eu para perder seu tempo com uma rãnzinha feia e sem graça!
        Ouvindo isso a velha rã respondeu:
- É...Dizem que beleza não põe mesa!
        Ouvindo isso a rã bonita saiu zangada resmungando sem olhar para trás enquanto a rã velha ria.
        
MORAL DA HISTÓRIA: A beleza mais significativa é aquela que é vista com o coração.


O GATO DO VILAREJO



        Num pacato vilarejo por onde passava um rio, moravam um gato, uma cobra e uma raposa.
        O gato vivia dizendo que todos os animais eram burros e somente ele era esperto. Pois, passava o dia comendo sardinha enlatada enquanto os outros trabalhavam para conseguir sua própria comida. Por isso o gato dizia que era esperto e só ficava esperando pelos seus donos.
        Certo dia, os donos do gato viajaram e esqueceram de deixá-lo aos cuidados de alguém e ele ficou sozinho. A fome foi apertando e então ele resolveu observar como os outros animais faziam para conseguir sua comida e teve que aprender a trabalhar como os outros. Com isso, aprendeu que o trabalho não é burrice e sim um meio de sobrevivência e desde esse dia, passou a respeitar os animais que conseguiam comida com o seu próprio esforço e não mais os chamou de burros. Arranjou muitos amigos e viveu feliz o resto de sua vida naquele vilarejo.
MORAL DA HISTÓRIA: Nem todo mundo tem boas oportunidades na vida.

A CORUJA MALVADA

                                                                   Alex Júnior dos Santos Farias


        Era uma vez uma coruja muito malvada que só vivia maltratando os filhotes de passarinhos e outros animais. Quando os pais dos filhotes saiam para pegar comida era nessa hora que a coruja ia maltratá-los. Os pais dos filhotes já estavam zangados com essa coruja e se reuniram para dar um basta nas maldades dela.
        Certo dia, a coruja percebeu algo estranho, pois, a floresta estava silenciosa, parecia que não existia mais nenhum animal morando lá. Então imaginou que os pássaros deviam ter saído para caçar e deixado os ninhos indefesos e resolveu ir maltratar os filhotes. Mas, o que ela não sabia era que os pássaros estavam evitando sua presença. Como a coruja gostava de maltratar os filhotes, eles decidiram se afastar cada vez que ela se aproximasse. Até colocaram o bem-te-vi de sentinela no auto de uma árvore para avisar quando a malvada se aproximasse para que todos pudessem procurar um outro lugar onde seus filhotes ficariam em segurança e daquele dia em diante a coruja foi ficando cada vez mais sozinha.
No início ela nem ligou, mas, com o passar do tempo percebeu que a floresta ficou maior do que já era porque não havia ninguém para conversar e ela foi ficando cada vez mais triste. 
Um belo dia, um dos filhotes de passarinho da floresta caiu do ninho e a coruja quando o viu piando procurando pela mãe, sentiu vontade de judiá-lo e voou para onde ele estava para voltar a fazer suas maldades, mas, de repente, percebeu que já fazia muito tempo que não conversava com ninguém e sentiu uma saudade enorme da companhia de algum animal. Aproximou-se do passarinho e começou a brincar para tentar fazer com que ele parasse de piar com aquele jeito de animalzinho que está perdido e com medo.
Para sua surpresa, o passarinho não sentiu medo da sua presença e ficaram brincando até a mãe da pequena ave aparecer. Porém, quando ela apareceu, imaginou que a coruja estava era maltratando o seu filhote e partiu para cima dela para defendê-lo. A sorte da coruja foi que o passarinho ao perceber que a sua mãe iria atacar, correu e colocou-se na frente da nova amiga tentando defendê-la, e vendo a atitude do filhote a mamãe pássaro cancelou o ataque e parou para questionar o filho que lhe disse que a coruja estava apenas brincando com ele. Então ela pediu desculpas à coruja que daquele dia em diante tornou-se a guardiã dos filhotes dos pássaros e os vigiava todas as vezes que seus pais saiam para caçar alimentos. Nunca mais se sentiu só, pois todos na floresta tornaram-se novamente seus amigos.
MORAL DA HISTÓRIA: Quando reconhecemos os nossos erros, temos a chance de recomeçar valorizando apenas os acertos e somos recompensados por isso.
UM CACHORRO E SUAS HISTÓRIAS
        Era uma vez um cachorro que gostava muito de inventar histórias e por isso todos os animais da floresta diziam que ele era mentiroso.
        Certo dia, o cachorro viu alguns amigos seus numa roda de conversa e pensou: “Vou contar uma história daquelas pra eles saberem quem é que sabe contar de verdade!”
        Então o cachorro se aproximou do grupo e pediu para contar uma história e todos pararam para ouvi-lo, porém, sem saber por qual motivo, ficou um pouco nervoso e começou a gaguejar, enquanto os outros animais cochichavam e riam dele. O coelho para piorar a situação disse em voz alta:
        - Dizem que quando alguém gagueja assim quando conta uma história é porque está contando mentira!
        - Eu não acredito! – disse o porco.
        - Porco, nem todos contam somente a verdade. Até eu já contei mentira! – disse o pardal meio desconfiado.
        - Contar mentira é normal, mas, contar para impressionar os próprios amigos já é demais! - falou meio enraivado o porco.
        Então o coelho chamou o pardal à parte e disse-lhe:
        - Vá para a floresta e espalhe a notícia.
        E logo, logo a notícia foi espalhada e todos começaram a chamar o cachorro de mentiroso e quando passavam perto dele diziam: - Fala mentiroso! - e o cachorro ficava com raiva e se isolava para não ser mais importunado. Para piorar, todas as vezes que ele estava conversando com alguém, de longe, um de seus antigos amigos gritava: “Quem dera!”
        O cachorro então resolveu fazer uma viagem e passou muito tempo longe dos antigos amigos. Quando voltou, não mais tentou contar histórias para nenhum deles, pois tinha medo que o chamassem de mentiroso.
        Certo dia chegou à floresta para visitar os animais um leão muito sábio que todos respeitavam e que de vez em quando aparecia para contar aos animais histórias de todos os lugares e que deixavam todos encantados.
        Quando os animais pediram para que o leão contasse suas histórias, ele disse:
        - Por que vocês pedem para que eu lhes conte histórias se vocês têm aqui um grande contador entre vocês?
        E nesse momento todos ficaram surpresos querendo saber quem era esse grande contador de que o leão estava falando e o sábio animal apontou o cachorro que todos chamavam de mentiroso e pediu para que ele se aproximasse e diante do espanto de todos, o cachorro se aproximou e o leão pediu que ele contasse algumas histórias para os que ali estavam e todos se sentaram para ouvir e ficaram maravilhados com a sabedoria do cachorro.
        Depois, todos os que o chamaram de mentiroso pediram desculpas e daquele dia em diante nunca mais o chamaram de mentiroso e passaram a respeitá-lo como o contador de história da floresta.
MORAL DA HISTÓRIA: Julgar sem certeza é a sentença mais injusta.

O GATO, O COELHO E A ONÇA
        Certa vez o coelho convidou o gato, seu melhor amigo para almoçar e quando este chegou à casa do coelho e viu que tinha para o almoço somente cenouras, disse para seu amigo:
- Amigo coelho. Vi dona onça indo para a casa dela levando uns peixes que pareciam muito apetitosos. Que tal a gente ir até lá?
- Só tem um problema, a dona onça não nos convidou para almoçar com ela. – falou o coelho meio sem graça.
         - E quem disse que precisamos de convite? Estou pensando em pegar os peixes da dona onça, pois a vi saindo assim que deixou os peixes em casa e parece que vai demorar um pouco. O que nos dará tempo de entrar e pegar o que queremos!
- O quê? Você quer roubar os peixes da dona onça? – assustou-se o coelho. – E se ela chegar e pegar você? Isso não está certo! Desculpe amigo, mas, não posso concordar com essa loucura.
- Então, se você não quer me ajudar irei sozinho!
O gato muito enraivado resolveu ir sozinho para a casa da dona onça.
E foi. Chegando lá, entrou na pontinha das patas e procurou onde era a cozinha. Quando viu os peixes correu para abocanhá-los, mas para seu azar, tropeçou em alguma coisa e caiu fazendo grande barulho e a onça que já estava chagando correu para verificar.
Quando o gato percebeu que a onça estava entrando na sua toca correu para se esconder e morrendo de medo viu a felina procurando o intruso em sua casa e parecia estar com água na boca. Deixou que ela se afastasse um pouco e com sua agilidade de gato correu para bem longe e foi se esconder na casa do coelho.
Quando chegou lá, este estava saboreando suas cenouras como se fosse a comida mais gostosa do mundo e perguntou:
- Como você pode comer essas cenouras como se fosse a melhor comida do mundo?
E o coelho respondeu:
- Amigo gato, é apenas o que tenho. E é melhor eu me conformar com o pouco que tenho e viver em paz, que desejar o que não me pertence e viver fugindo e envergonhado. 

    O URUBU FOFOQUEIRO
                                                                            Maiane de Lima Cunha
        Era uma vez um urubu muito fofoqueiro que gostava de dar palpites na vida dos outros. Certa vez, dois urubus estavam conversando e o urubu fofoqueiro resolveu se meter na conversa.
        - Oi urubuzada! Sobre o quê vocês estão conversando?
        - Nós não estamos conversando sobre nada tá! – falou um dos urubus.
        Todos os animais já sabiam da fama daquele urubu que adorava saber da vida alheia só para fazer fofoca.
        Numa tarde, lá estavam duas corujas conversando bem baixinho para ninguém escutar. Porém, o que elas não sabiam era que o urubu fofoqueiro estava bem escondidinho entre um ramo de árvore e escutou um grande segredo que uma delas contou.
        Como era de se esperar, imediatamente espalhou para todos os animais da floresta. Foi uma confusão e gerou até briga. Mas elas, as corujas, não sabiam quem havia espalhado o segredo e outro urubu disse:
        - Eu sei quem está espalhando para os animais o segredo!
        - Você sabe? Quem é esse fofoqueiro? – disse enraivada a coruja.
        Então os animais disseram que foi o urubu, aquele que vivia fofocando.
        - Vamos dar uma lição nele! - disse um dos animais.
        - Mas como? - questionou a coruja.
        Nesse momento pousou entre eles o beija-flor com cara de sapeca dizendo:
        - Eu sei como! – e todos olharam para ele surpresos e curiosos.
        - Então fale! – adiantou-se um dos urubus que não aguentava mais as fofocas daquele urubu fofoqueiro.
        E o beija-flor então fez uma revelação sobre o urubu para os animais ali presentes.
        Não demorou muito o urubu fofoqueiro apareceu e vendo aquela aglomeração de animais ficou logo curioso e correu para ver o que estava acontecendo. Ao se aproximar, levou o maior susto quando viu sua mãe no meio dos outros animais contando todos os seus segredos enquanto os demais riam das coisas que ela contava e perguntou:
- Mãe, porque a senhora está falando essas coisas para eles?
E a mãe inocentemente disse:
- Ah, meu filho. Eles não são umas gracinhas?! Disseram-me que você é um ótimo amigo. Então resolvi contar a eles algumas histórias suas.
- Ei urubu, quer dizer que até hoje você ainda dorme com a mamãe porque tem medo do escuro é neném? – falou um dos animais entre os risos dos outros.
- É, mas a história de que para dormir ele precisa de uma canção de ninar é demais! - disse a coruja achando graça.
O urubu ficou com tanta vergonha que chamou a mãe e sumiu da floresta. Dizem que até hoje ele não apareceu mais por lá. Só espero que ele também tenha parado de fazer fofocas da vida dos outros. Pois, sentiu na pele como é ruim ter alguém por aí contando os segredos da gente sem a nossa permissão.


MORAL DA HISTÓRIA: A vida de cada um só diz respeito a cada um e a ninguém mais.

O COELHO E A TARTARUGA
                                                                         Gleidivan Marcos Borges Santos
        Certo dia passeava pela floresta uma tartaruga em busca de alimento, quando de repente apareceu um coelho com pinta de bacana e convidou a tartaruga para uma pesca dizendo que seria uma disputa entre os dois para saber quem pescava melhor, e saíram em busca de um lago.
        Quando chegaram à beira do rio começou a disputa. Como a dona tartaruga era muito veloz na água conseguiu vencer pegando uma boa quantidade de peixes, mas, o coelho como era muito veloz na terra e tentando dar uma de esperto correu, pegou todos os peixes da tartaruga e fugiu deixando a coitada com muita fome. E a tartaruga prometeu que um dia iria se vingar da maldade do coelho.
O tempo passou, o coelho esqueceu o que fez, mas ela jamais iria se esquecer.
        Certo dia, a tartaruga vinha em seus passos lentos pela floresta quando enxergou o coelho distraído e aproximando-se disse:
        - E aí, como vai amigão?
        O coelho espantado respondeu:
        - Oi dona tartaruga! Vou bem obrigado. Para onde a senhora está indo?
        A tartaruga então decidiu que aquela seria uma boa oportunidade de se vingar do coelho e disse-lhe:
        - Bem, eu vou pescar. Estou com fome e é quase hora do almoço. O senhor não quer pescar comigo? Aposto que pesco mais peixes que o senhor.
        - Está apostado! – respondeu o coelho já pensando em se dar bem.
        Foram para a beira do lago e chagando lá começou novamente a disputa. Depois de algum tempo o coelho já havia pescado alguns peixes enquanto a tartaruga apenas mergulhava de um lado para o outro.
        Imaginando que ela estava com dificuldades para pegar peixes naquele dia, o coelho foi pescando e ia colocando os peixes na beira do lago e se distraiu esquecendo um pouco da tartaruga que ao perceber que o coelho não prestava atenção nela saiu da água bem devagar e foi escondendo os peixes do coelho sem que este percebesse.
        Muito tempo depois quando a fome bateu bem forte, o coelho resolveu sair da água e pensou que havia pescado mais que a tartaruga e foi todo contente em busca dos seus peixinhos. Ao aproximar-se do local onde havia deixado os peixes não viu nada, apenas a tartaruga que se aproximava devagar e perguntou:
        - Cadê os meus peixes daqui? Estou com muita fome!
        A tartaruga então respondeu:
- Lembra daquele dia em que você roubou todos os meus peixes? Para não passar fome, comi folhas. Você já experimentou o gosto de algumas folhas da floresta coelho? Separei algumas para você, pois quem vai saborear seus peixes serei eu em pagamento dos que você me deve.
        A tartaruga então foi embora deixando o coelho com as folhas para que ele nunca mais pensasse em enganar ninguém.
MORAL DA HISTÓRIA: Quem bate esquece. Quem apanha, jamais...

O BEZERRO E O BOI
                                                                Agenilson da Cunha Brito
        Era uma vez um bezerro que tinha muita inveja de um boi porque era forte e bonito e as vacas eram doidas por ele.
        Quando o boi passava, elas ficavam loucas e o bezerro que era magrinho e fraco, elas nem ligavam.
        Um dia ele pensou: “O que será que esse boi faz para ficar forte desse jeito? ”E de tão inquieto vivia perguntando para o seu pai se iria crescer rápido e ficar forte e bonito e seu pai disse-lhe:
        - Meu filho, não se preocupe que seu tempo chegará, não precisa ter pressa! Todos temos o nosso momento. A beleza flui de alguma forma e sempre chamamos a atenção de alguém por algo que temos de especial. Não que necessariamente tenhamos que ser bonitos e fortes fisicamente. A beleza sempre se manifesta de alguma forma. Espere e verá. É só ter paciência.
        Mas, o bezerro não queria esperar. Ele queria ser grande, bonito e forte muito rápido para que as vacas se apaixonassem por ele como eram apaixonadas pelo boi. Um dia, resolveu seguir o boi e descobriu que ele ficava muito tempo no pasto e concluiu que este comia uma grande quantidade de capim. Resolveu então fazer o mesmo, mas o que ele não sabia era que o boi passava mais tempo no pasto era por causa das vacas.
        Cheio de inveja, um dia o bezerro foi para o pasto e ficou lá por muito tempo comendo e quando não agüentou mais continuou comento mesmo sem vontade. Comeu tanto que ficou de barriga inchada e sem conseguir andar de tão cheio deixou-se ficar lá mesmo no pasto. Foi preciso o dono da fazenda mandar uns vaqueiros rebocarem o bezerro para que fosse examinado por um veterinário..
Durante três dias o bezerro não conseguiu comer nada e passou muito mal por causa da sua teimosia. Adoeceu, emagreceu, quase morreu.
        Quando ficou bom já não mais tinha inveja do boi, pois percebeu que ainda não era sua hora, que ainda era pequeno e tinha muito que crescer, aprender e que não precisava ter pressa.

MORAL DA HISTÓRIA: Há um tempo certo para tudo em nossas vidas.
O COELHO E A ONÇA
                                                                     Ana Maria Sousa da Silva
        Um certo dia, um coelho muito teimoso entrou em sua casa dizendo que iria à floresta em busca de comida. Dona coelha, que conhecia bem o filho e sabia que quando ele botava uma coisa na cabeça era difícil de convencê-lo do contrário, disse preocupada:
        - Meu filho, não vá para a floresta. O que temos é o suficiente para a alimentação de hoje! E a onça está lá!
        - Ah, mãe, eu já estou bastante grandinho e sei muito bem me defender! – disse o coelho já saindo sem esperar resposta, até mesmo porque sabia que sua mãe não iria parar de tentar convencê-lo a não ir.
        Sem dar ouvidos aos argumentos da mãe, foi à floresta. Chegando lá, disse para si mesmo que não sentiria medo da onça, pois nem ela, nem nenhum animal iriam comê-lo.
        A onça, que não estava muito longe dali pressentiu a presença do coelho e ficou satisfeita:
        - Oba! Hoje tenho comida boa para o jantar. – disse com os olhos brilhando de satisfação.
        O coelho, sem imaginar que iria encontrar a onça andou, andou até chegar numa árvore e sentindo-se cansado resolveu parar um pouco.
        - Estou tão cansado que poderia dormir aqui.
        Aconchegou-se entre as raízes da árvore e dormiu. Foi quando a onça se aproximou devagar e olhando aquele apetitoso coelho sentiu sair água da sua boca.
        - Que bom que ele caiu no sono! Assim eu não preciso me cansar correndo atrás.
        Quando a onça preparou-se para comê-lo os caçadores da floresta chagaram e ela teve que fugir às pressas. Com o barulho dos cachorros dos caçadores, o coelho acordou assustado e saiu correndo para a sua casa, pois entendeu perfeitamente o que tinha acontecido.
        Daquele dia em diante passou a ouvir os conselhos de sua mãe e nunca mais se arriscou a virar comida de onça e dona coelha ficou feliz.
MORAL DA HISTÓRIA: Se ouvíssemos pelo menos a metade dos conselhos dos mais velhos, não daríamos tantas cabeçadas no decorrer de nossas vidas.

 UMA HISTÓRIA DE TARTARUGA
                                                                                                   Raiane Miranda Gomes
        Certa vez uma tartaruga passeava na beira da praia com sua neta quando de repente apareceu o coelho pedindo ajuda, pois a dona cobra estava com dor para parir e perguntou se a tartaruga conhecia alguma parteira e ela disse que sim. Então o coelho apressado disse-lhe:
        - E a senhora poderia chamá-la para ajudar a dona cobra que já está entrando em trabalho de parto? Enquanto isso eu e sua neta ficamos por aqui ajudando no que for necessário até a senhora voltar.
        Então a tartaruga começou a sua jornada em busca de sua prima que era uma boa e respeitada parteira. Enquanto isso, o coelho e a neta da tartaruga foram até onde a cobra estava para ajudá-la.
        Muito tempo depois a tartaruga voltou junto com a parteira e encontrou o coelho e a sua neta que vieram encontrá-la meio insatisfeitos e a neta disse-lhe:
        - Agora vovó?! A senhora tem idéia de quanto tempo demorou a voltar com a parteira?
        E a tartaruga respondeu:
        - Um pouco. Por quê? A cobra não está mais precisando de ajuda?
        Sim, está. Mas, para a filha dela que já cresceu, se casou, engravidou e entrou em trabalho de parto enquanto a senhora buscava a parteira!
        Depois de ajudar a filha da cobra a dar a luz, a tartaruga voltou para casa com sua prima parteira e durante sua lenta caminhada tropeçou e meio zangada disse:
- Por isso que é ruim andar depressa!

MORAL DA HISTÓRIA: Cada um tem um jeito particular de ser, mas, isso não faz ninguém inferior ou superior a outro.

A CADELA EXIBIDA

        Era uma vez uma linda cachorrinha que era apaixonada por um bonito cachorro. Por ser muito bonito, as outras cadelas viviam dando em cima dele e por esse motivo ele nunca teve tempo de prestar a atenção na linda cachorrinha que o admirava de longe.
        Certo dia, quando ela saia de casa para passear, encontrou-se por acaso com o cachorro bonito e quando ele a viu parou para olhá-la, não resistiu à beleza da cachorrinha e começou a mexer com ela dizendo:
        - Oi princesa linda! Sabia que você pode ser o amor da minha vida? Vamos conversar um pouco boneca?
        Nesse momento a cachorrinha percebendo que havia chamado a atenção do cachorro e que ele estava a fim dela, resolveu dar uma de difícil, arrebitou o nariz e foi embora sem olhar para trás.
        Achando que não teria a menor chance com aquela linda cachorrinha, o cachorro baixou a cabeça e já ia saindo para ir embora quando passou por ele uma outra cachorrinha que o encarou e disse:
        - Oi bonitão! Está passeando sozinho? Eu estou precisando de um cavalheiro que me acompanhe até minha casinha.
        O cachorro não pensou duas vezes e foi acompanhando a cadelinha.
        Mais na frente a outra cadelinha que havia esnobado o cachorro mesmo gostando dele, olhou para trás para ver se ele ainda a estava olhando. Indignada viu a bela cadela que o acompanhava.
        Mesmo decepcionada com a atitude do cachorro continuou a observá-lo de longe. Ainda o achava bonito, mas, não desejava namorá-lo, pois, não queria disputar o seu amor com ninguém.
O FAZENDEIRO E O BODE
        Era uma vez um fazendeiro que tinha muitas criações e entre elas um bode muito comilão. Todos os dias o fazendeiro colocava comida para os animais e o bode depois de comer toda a sua comida ainda ia comer a dos outros bichos e não ficava conformado enquanto não acabava a comida de todos.
        De tanto que comia, a comida dos outros animais acabava muito rápido e o fazendeiro estava tendo o maior prejuízo.
       Certo dia acabou a comida dos porcos e o fazendeiro sem opção resolveu fazer uma mistura de farinha com sobras de farelo e os porcos comeram o suficiente para se alimentar, mas, quando o bode viu que ainda restava comida no cocho dos porcos foi até lá e comeu até não aguentar mais.
        Quando terminou de comer estava com muita cede e foi tomar água. Tomou tanta água que a barriga ficou ainda mais cheia. O que o bode não sabia era que a farinha iria inchar na sua barriga por causa da água e foi inchando, ele foi ficando agoniado, agoniado e quando os animais perceberam o bode desmaiou e quando o fazendeiro chegou ele já estava morto, vítima da própria gula.

O MACACO MENTIROSO


        Era uma vez um macaco muito mentiroso. Vivia contando mentira para a bicharada. Ele nunca falava a verdade e por causa disso pregava peças em todos os animais.
        Certo dia, ele disse ao coelho que não voltasse para sua toca porque ela fora invadida pelas serpentes. O pobre coelho ficou uma semana sem entrar em sua toca com medo das serpentes e dormia pela floresta enquanto o macaco se divertia.
        Um outro dia o macaco contou para a dona onça que a raposa lhe dissera que iria roubar os filhotes da felina para dar de presente aos lobos e por causa disso até hoje a dona onça caça a raposa. Então, cansados das mentiras do macaco os animais resolveram se vingar.
         Certo dia, quando estavam conversando sobre o que fariam, ele apareceu bem na hora e perguntou:
        - Mas, o que está acontecendo aqui? É alguma reunião e esqueceram de me convidar?!
        Os animais ficaram desconfiados sem saber o que dizer e nesse momento a anta teve uma idéia para convencer o macaco aproveitando a reação dos outros animais e disse a ele:
        - Querido macaquinho. Não sabemos como dar uma notícia para você. É por isso que todos ficaram com essas caras quando você chegou.
        O macaco já desesperado com aquela situação disse para os colegas:
        - O que foi que aconteceu? Vocês estão me deixando assustado! Falem logo!
        E todos olharam para a anta que se adiantou:
        - Macaco...É muito triste...mas...eu tenho que te dizer que... passou um leão feroz pela floresta e comeu a dona macaca, sua mãe.
        Quando a anta terminou de dizer o macaco saiu chorando para a sua casa enquanto os demais ficaram estupefatos olhando a anta que se defendeu:
        - A gente não estava tentando armar um plano para que ele sentisse na pele o seu próprio veneno? Eu peguei pesado, sei disso, mas, o macaco do jeito que saiu daqui já pagou por todos os seus erros!
        Quando o macaco se aproximou da casa dele e não viu ou ouviu nada, apenas o silêncio, ficou desesperado. Não se imaginava sem a sua querida mãezinha e começou a chorar muito.
         Depois de algum tempo chorando e mesmo receoso resolveu criar coragem e ir até lá para ver o que encontraria. Estava com medo de encontrar o leão, mas, ainda tinha uma esperança de sua mãe estar viva ou de pelo menos poder se despedir dela.
         Ao se aproximar e olhar pela janela ficou surpreso ao ver dona macaca sentada tranquila fazendo um bonito bordado. Entrou, abraçou a mãe com carinho e chorou muito. Sem entender o que estava acontecendo com o filho, dona macaca quis uma explicação.
        Meio sem graça o macaco contou o que os animais da floresta fizeram com ele e a dona macaca falou:
        - Isso que eles fizeram com você meu filho, você já fez muitas vezes com eles sem pensar nas consequências dos seus atos. Você não deve nem ficar chateado, pois, o que eles tentaram foi fazer com que você percebesse o seu próprio erro.
        O macaco pensou, pensou e resolveu que nunca mais iria contar mentiras para os animais, pois não queria mais correr o risco de sentir o que havia sentido por causa da mentira que lhe contaram.

O CAVALO E O CACHORRO

        Perto da floresta havia um sítio onde moravam um cavalo e um cachorro. Eles eram grandes amigos. Conversavam e faziam juntos, algumas das tarefas do lugar.
        Um dia, uma onça saiu da floresta e atacou o cavalo que, manso e inexperiente não conseguiu se defender. O cachorro pressentindo o perigo correu em auxílio do amigo e fez tanto barulho que acabou espantando a onça que fugiu amedrontada.
        O cavalo ficou muito agradecido e prometeu que um dia retribuiria a ajuda.
        O tempo passou e um dia os macacos da floresta invadiram o sítio destruindo as plantações. O dono do sítio ficou muito zangado com o cachorro dizendo que ele não cuidava bem da propriedade.
        - Por que você não espanta os macacos? – dizia o homem – Pelo jeito terei que arranjar outro cão de guarda para vigiar o sítio, já que você não dá conta do serviço!
        O cão ficou muito triste porque gostava do seu dono e queria ajudá-lo. O cavalo então prometeu fazer alguma coisa para tirar o amigo daquela enrascada e garantiu ao cachorro que no outro dia ele teria uma surpresa.
        Quando chegou a noite o cavalo se dirigiu ao estábulo e fingiu-se de morto. Quando os macacos chegaram e o viram caído e duro, logo deduziram que ele estava morto e resolveram tirá-lo de lá e um deles disse:
        - Precisamos tirar esse cavalo daqui e levá-lo para bem longe. Talvez, juntos possamos arrastá-lo para fora.
        O cavalo era muito pesado e os macacos na tentativa de arrastá-lo conseguiram apenas chegar até a frente do estábulo e de tão cansados resolveram entrar deixando o cavalo do lado de fora. Este, percebendo que todos os macacos haviam entrado, levantou-se devagar, fechou a porta e rápido chamou o cachorro para ficar guardando a entrada.
        Quando amanheceu, o dono do sítio levou um susto ao abrir a porta do estábulo. Os macacos estavam todos presos. Imaginando que o cão havia conseguido aquela proeza ficou muito contente.
        Os macacos foram transferidos para uma reserva florestal e todos voltaram a viver felizes para sempre.
MORAL DA HISTÓRIA: Quem tem amigos, sempre tem com quem contar nas horas difíceis.
A ONÇA E A RAPOSA

        Um certo dia, a onça saiu para caçar depois de muito tempo sem alimento. Já estava quase desistindo quando encontrou a raposa. Aí a onça teve uma idéia e disse a ela:
        - Amiga raposa, vamos fazer uma competição de velocidade para ver quem é mais rápida?
        Conhecendo a esperteza da onça e como também era muito esperta a raposa pensou e disse:
        - Terei o maior prazer, mas, ultimamente ando meio zonza. Acho que é a velhice e por isso, sempre que corro acabo me perdendo. Se a senhora não se importar eu gostaria de marcar alguns lugares para que pudesse competir de igual para igual.
        A onça, imaginando que aquela presa já estava no papo permitiu que a raposa marcasse o caminho e ficou esperando.
        A raposa tão esperta que era sabia exatamente os lugares propícios para que a onça atacasse e nesses lugares ela colocou em cada um, uma pedra encoberta com folhas e voltou para onde a felina esperava para a competição.
- Pronto, agora sim, podemos começar! A hora que a senhora quiser, dê o sinal. – falou a raposa sentindo-se segura.
A competição começou e ambas largaram a toda prova. No meio do caminho a onça pensou no melhor lugar para avançar sobre a sua presa e era exatamente em um dos pontos onde a raposa havia colocado uma de suas pedras. Quando exatamente no lugar planejado pela onça as duas foram passando, preparou-se para abocanhá-la de uma só vez e deu um belo pulo para alcançá-la. Nesse momento a raposa esperta pulou para trás da pedra que havia colocado no meio do caminho e a onça foi de boca na rocha quebrando todos os seus dentes.
A raposa fugiu dali com medo do que pudesse acontecer depois que a onça acordasse do desmaio que teve e dias depois ouviu falar que a felina agora estava com dificuldade para se alimentar por causa da falta dos dentes.

MORAL DA HISTÓRIA: Quem subestima a esperteza do mais fraco corre o risco de ser surpreendido.
SUPER HERÓIS
                                                    Ederson Rosa Ramos

        Certa vez três heróis que sonhavam defender o nosso planeta de todo o mal, resolveram tomar uma atitude. Eram eles: a super águia, o rei leão e o tubarão.
 Como a águia vivia sobrevoando o céu com seu vôo rasante e de lá podia ver tudo o que acontecia aqui embaixo, resolveu ser defensora dos ares. O leão como ficava mais em terra e podia vigiar seus parentes animais de perto, resolveu ser o defensor da terra, especialmente das florestas. O tubarão, como ficava o tempo todo no mar, resolveu ser o defensor dos oceanos e os três decidiram fazer um pacto de proteger a natureza e cada um fez o seu juramento:
        A águia foi a primeira a falar e disse com um bonito brilho nos olhos:
        - Prometo defender os céus e os ares da irresponsabilidade do ser humano. Quando eu vir um carro soltando muita fumaça pela descarga vou beliscar a cabeça do motorista e pedir que ele faça uma revisão no carro para diminuir a poluição do ar.
        E também o leão disse:
        - Quando eu vir pessoas caçando os animais, principalmente os silvestres ou colocando fogo na mata, vou devorá-los.
        E também o tubarão falou:
        - Quando eu vir pessoas jogando lixo no mar, vou afogá-las. Temos que reagir contra os abusos cruéis que a humanidade faz com o nosso planeta e unidos conseguiremos vencer e quem sabe salvar o que ainda resta.
        E o leão falou:
        Então vamos formar uma equipe de super-heróis defensores do planeta. Vocês topam?
        E todos toparam e deram as mãos. Cada um seguiu o seu rumo, estavam dispostos a fazerem a sua parte para defender o planeta.  E se cada ser pensante também fizesse a sua parte, o planeta com certeza não estaria sofrendo as consequências da irresponsabilidade cometida pelo descaramento da ambição e falta de humanidade.

MORAL DA HISTÓRIA: Quem pensa, faz o que é certo.
O SAPO E A RÃ
                                                           Lidia Nascimento de Sousa
        Era uma vez uma rã muito rica que não dava a mínima para ninguém. Só se preocupava com o seu próprio bem estar.
        Mas, o que ela não sabia era que existia um sapo que era apaixonado por ela e há muito tempo vivia sonhando com o dia que pudesse se aproximar pelo menos para dizer um oi.
        Certo dia, quando a rã ia passando perto da lagoa de nariz arrebitado como sempre, o sapo resolveu arriscar uma conversa. Foi se aproximando e puxou um papo com a rã que demonstrou não gostar nada, nada daquela conversa e o sapo arriscou:
- Sabia que você é a sapinha mais bonita que anda por essas redondezas?
         - Tem gente que não se enxerga mesmo! Sai pra lá seu sapo nojento! – disse a rã cortando o coração do pobre sapo que desistiu de segui-la e só a acompanhou de longe com o olhar – já estava acostumado a observá-la de longe mesmo.
           Nesse momento uma outra rã se aproximou e puxou conversa:
         - Você não teve sorte. Parece que ela não simpatizou com você!
          E o sapo meio sem jeito e ao mesmo tempo surpreso disse para aquela rã desconhecida:
         - E o que você entende desse assunto? Você nem me conhece?
         - Só queria que soubesse que enquanto você a observava de longe, eu o observava e também sofria por você assim como você sofria por ela.
           O sapo ficou surpreso e ao mesmo tempo feliz de por aquela descoberta e os dois conversaram e conversaram...
           Quando a rã exibida voltou do seu passeio, viu o sapo que ela havia esnobado numa conversa muito animada com a outra rã e ficou a observá-los. Percebeu enquanto os olhava, o quanto aquele sapo era bonito e atraente e que nunca nenhum outro sapo a havia abordado com tanto interesse e sentiu vontade de ir até lá. Quem sabe ainda teria uma chance! E aquela sapa talvez fosse apenas uma amiga. E foi.
            Ainda chegou a caminhar um pouco na direção dos dois, mas, para a sua surpresa, quando foi se aproximando o sapo que a havia abordado com interesse pegou na mão da outra rã e a beijou.  
            Envergonhada, a rã exibida afastou-se devagar.
            Dizem que ela nunca se casou e ficou pra titia. Enquanto o sapo teve muitos filhos com a outra rã e foi muito feliz. 

MORAL DA HISTÓRIA: Às vezes a pessoa que nos ama está ao nosso lado e não a percebemos pela cegueira das nossas teimosias.

O CACHORRO E O GATO

                                                                            Daise A. Brito Corrêa

        Certa vez um cachorro andando por uma estrada que parecia até sem fim encontrou um gato e começou a correr atrás dele. Nessa perseguição percebeu que o bichano era muito veloz e desejou ser tão rápido quanto ele, pois assim conseguiria chegar mais breve ao seu destino.
        Depois de tanta perseguição o gato teve uma idéia e resolveu parar, pois sabia que ainda por bastante tempo aquele cachorro o iria perseguir e ele já estava ficando cansado. Quando o cachorro viu felino parando resolveu se gabar:
-  Eu sabia que você iria desistir, pois não é tão forte quanto eu!
O gato ouvindo isso fez troça do cachorro.
         - O que adianta ser forte sem ter rapidez! Mas, venho de uma família de sábios e meu pai me contou um segredo que pode fazer você ser como eu, veloz.
O cachorro olhou o gato nos olhos e disse:
- Se você me contar o que é, quem sabe eu deixo de te perseguir! – e o gato
respondeu.
- Meu pai me disse que se alguém quiser ser igual ao outro ou pelo menos ter suas características deve pegar alguma coisa do ser que quer ficar parecido e morrer para renascer de novo.
O cachorro então arrancou um pêlo do gato e continuou sua viagem pela estrada. De repente ouviu um barulho de carro e correu para o meio da pista e fingiu-se de morto. O motorista não prestando atenção passou por cima do cachorro.
 Até hoje o ingênuo animal ainda não renasceu e o gato continuou tranquilamente sua viagem.

MORAL DA HISTÓRIA: Cuidado com a inveja, pois ela pode destruir sua vida.

O GATO E O PEIXE

     Era uma vez um gato que morava perto de um grande rio e todos os dias ia para a beira desse rio observar os peixinhos nadando. A cada salto que o peixe dava, o se imaginava fazendo aqueles mergulhos. Ficava tempo esquecido olhando e imaginando.
O gato foi tantas vezes ao rio ver os peixinhos que um deles, estranhando, resolveu investigar o que aquele bichano tanto queria ali olhando os peixes e perguntou:
- Posso saber o que você está fazendo aqui? – e o gato respondeu:
- Gosto de ver os peixes nadando. Parece tão fácil...Tão bom...Tão divertido.
O peixe admirado com aquela revelação resolveu se exibir e disse:
- Ah, mais é fácil. Veja! – e começou a nadar e a pular de um lado para o outro deixando o gato boquiaberto com aquela exibição e imaginou mesmo que era muito fácil. Tão fácil que até ele poderia conseguir. Ficou tão confiante que se jogou na água. O que o gato não sabia era que certos animais não têm muita familiaridade com água e ficou todo encharcado, pesado e já ia se afogando quando sua dona apareceu e o salvou da morte.
Daquele dia em diante o gato continuou apenas olhando os peixinhos dando seus saltos, mas, bem longe da beira do rio.

MORAL DA HISTÓRIA: Uma atitude impensada pode custar uma vida.

O RABO DO CACHORRO
        Era uma vez um cachorro que se achava muito feio e sem graça. Dizia que gostaria de ser diferente e se pudesse faria uma plástica para ficar mais bonito.
        Certo dia, passeando por uma rua o cachorro que se achava feio viu passando um outro cachorro com um rabo cortado bem no toco e imaginou que se tivesse o rabo cortado como o daquele cachorro seria muito mais bonito e charmoso e as cadelas iriam se apaixonar por ele.
        A idéia de cortar o rabo martelou tanto na cabeça do cachorro que ele passou a criar situações em que pudesse ter o seu rabo cortado. Certo dia o açougueiro estava cortando carne e de repente o cachorro pulou em cima da mesa e colocou o rabo na direção da faca. Sorte que o homem botou ele pra correr.
        Tentou muitas artimanhas para ter o rabo cortado e em nenhuma delas foi feliz. Quando já estava pensando em desistir passou por uma casa onde o morador estava no quintal cortando lenha com um machado, o cachorro foi até lá e sem que o homem percebesse, ele colocou o rabo na direção do machado e o homem acabou cortando.
        Muito sangue escorreu, inflamou, o cachorro adoeceu, emagreceu e em vez de bonito ficou muito feio de tão magro.
        Depois que o rabo do cachorro sarou e ele teve a chance de se olhar no espelho da casa do seu dono, verificou que o rabo cortado não o havia deixado mais bonito, muito ao contrário, o havia deixado esquisito e os cachorros da rua passaram a rir dele e a chamá-lo de toco. Coisa que o deixava enraivado. Então ele resolveu procurar o cachorro que ele havia visto de rabo cortado e quando o encontrou resolveu perguntar:
- Você poderia me responder uma coisa sinceramente?
- Sim, claro! – o cachorro respondeu meio desconfiado.
-  Por que você cortou o seu rabo? Foi para ficar mais bonito? Ou por que você não gostava do seu rabo?
E o cachorro com cara triste respondeu:
- Quem me dera se eu ainda tivesse meu rabo. Infeliz de mim que sofri um acidente e o perdi, e hoje tenho que suportar e viver sem ele.

MORAL DA HISTÓRIA: Mais triste do que não valorizar o que se tem é só aprender a dar valor quando se perde.

































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